Rede de Fundos Comunitários da Amazônia se reúne em Painel, na Casa Sul Global que compartilhou as experiências de financiamento direto dos Fundos membros junto aos territórios Amazônicos.

Leitura da declaração da Rede escrita na Pré COP da RFCA foi lida para os convidados que acompanhavam o painel

Na última quarta-feira (12 de novembro), a Rede de Fundos Comunitários da Amazônia (RFCA), reuniu seus Fundos membros para o  painel “iniciativas político-financeiras dos territórios, para os territórios, frente aos desafios socioambientais e climáticos”, no espaço da Casa Sul Global em Belém durante a COP30.

O momento foi moderado por Josimara Baré, do Fundo Indígena Rutî e contou com a presença dos representantes dos Fundos membros: Francineide Correia (Fundo Indígena do Rio Negro), Graça Costa (Fundo Dema), Jonas Pynheh (Fundo Timbira), Maria do Socorro (Fundo Puxirum), Marinalda Rodrigues (Fundo Babaçu), Marta Campos (Fundo Luzia Dorothy do Espírito Santo), Paulo Ricardo Justino (Fundo Rutî), Valéria Carneiro (Fundo Quilombola Mizizi Dudu) e Valéria Payê (Fundo Indígena Podáali).

O momento de abertura foi realizado pela jovem Raquel Wapichana, do Conselho Indígena de Roraima (CIR), responsável pelo Fundo Indígena Rutî com um canto indígena para celebrar o encontro e fazer as boas vindas. Em seguida, Josimara Baré, coordenadora do Fundo Indígena Rutî fez a apresentação da Rede, sua criação, seus objetivos e seus membros.

Abertura do painel da RFCA na Casa Sul Global. Belém (PA), 12 de novembro de 2025.

Na oportunidade os Fundos membros da RFCA compartilharam as realidades, conquistas e desafios e como o trabalho em Rede é essencial para o fortalecimento de conhecimentos, práticas, modos de vidas próprios e autonomia dos territórios, por meio de apoios político-financeiros diretos aos povos da floresta, do campo e das águas, quilombolas, extrativistas, mulheres rurais, indígenas e agricultoras/es familiares. Maria do Socorro, do Puxirum – Fundo dos Extrativistas da Amazônia Brasileira, faz um chamado durante sua fala: “Nós sabemos quem da comunidade precisa de ajuda, por isso temos que juntar as mãos igual aqui na Rede. E deixou o recado: “Vamos fortalecer a Rede de Fundos Comunitários para que nossas comunidades fiquem fortalecidos”.

No momento final Francineide Correia, do Fundo Indígena do Rio Negro leu a “Declaração da RFCA para a COP 30”, elaborada coletivamente em agosto de 2025, na Pré COP da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia, onde os nove Fundos Amazônicos dabateram suas pespectivas para a COP30.

O Painel foi finalizado com um canto realizado pela Marinalda Rodrigues, quebradeira de coco babaçu e Coordenadora do Fundo Babaçu, e um grito coletivo de “A REPOSTA SOMOS NÓS”

O QUE É A RFCA?

É uma articulação formada por Fundos Comunitários das organizações sociais da Amazônia que se unem para compartilhar experiências, construir conhecimentos coletivos, fortalecimento mútuo, planejar ações de incidência política e potencializar a democratização do acesso a investimentos de base comunitária.

RFCA NA COP30

A participação da Rede de Fundos Comunitários da Amazônia tem apoio de organizações como a Ford Foundation e Climate and Land Use Alliance (CLUA)

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